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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Acontecimentos no ano de 1760

  • Corte de relações com a Santa Sé


Por alturas do final do ano de 1759, já ás relações entre Portugal e a Santa Sé se encontravam, bastante deterioradas, divididas entre dois palcos em Lisboa, onde as relações entre o núncio apostólico Acciaiuoli, cujo relacionamento com o governo de D.José foi sempre difícil e em Roma onde o ministro de Portugal na Santa Sé, hoje reconhecido por embaixador, D.Francisco de Almeida Mendonça, também vivia em clima bastante tenso, dado que circulava por en
tre os círculos cardinalício e pró-jesuíticos que a Companhia de Jesus era presseguida "com crueldade judaica", típica dos Portugueses, "que eram todos judeus".

O agravamento das relações aconteceu quando em Abril de 1759, D.José escreveu ao para Clemente XIII, solicitando autorização para julgar colectivamente os membros da Companhia de Jesus.


O papa só viria a responder em Agosto desse ano, recusando o julgamento colectivo, mas apenas daqueles que tivesse participado no insulto à coroa ao mesmo tempo que apelava, à clemência e ao sentido de justiça imparcial do rei.


Não era obviamente a resposta que a coroa portuguesa pretendia e um detalhe formal, acabou por impedir que essa resposta fosse oficialmente entregue a D.José. O facto dessa resposta ter sido entregue ao núncio Acciaiuoli, antes de ter sido dado conhecimento ao embaixador Almada e Mendonça, como era prática corrente a altura.

Assim as relações entre Portugal e a Santa Sé evoluíam para a ruptura prevista. Independentemente dos factos ocorridos com a expulsão entretanto acontecida do jesuítas de todo o território nacional, o episódio final na concretização dessa ruptura, aconteceu quando em Junho de 1760, no anúncio do casamento da princesa da Beira, D.Maria, filha de D.José e herdeira do trono, com seu tio o infante D.Pedro, o giverno português não ter avisar o núncio apostólico, que em resposta não ostentasse as luminárias da praxe, que todo o restante corpo diplomático, não deixou de fazer. Expressando assim o seu desagrado pela omissão verificada.

A falta de júbilo pelo casamento ostensivamente demonstrada pela nunciatura, justificou que a 15 de Julho de 1760, fosse participada ao cardeal Acciauiuoli a ordem régia, para se retirar do reino o mais breve possível, consumando-se o corte de ralações entre Portugal e a Santa Sé e que assim viriam a permanecer por mais 9 anos



  • Setembro,09-Lançamento da primeira pedra da Igreja da Memória, a edificar no lugar onde se dera o atentado ao rei.

A futura igreja de Nossa Senhora do Livramento e de São José, que são os oragos do templo a construir segundo projecto do Arquitecto italiano Giovanni Carlo Sicinio Bibiena, mandou construir o Rei D.José, por ter escapado com vida ao atentado de 3 de Setembro de 1758.

Esta igreja está situada em Lisboa no Largo da Memória e na calçado do Galvão, na freguesia da Ajuda.

Acima do altar-mor está um painel pintado por Pedro Alexandrino representando o atentado.

Em 1923 vieram para aqui os restos mortais do Marquês de Pombal.

Créditos : Foto tirada daqui
  • Julho,21-D.José e D.António os meninos da Palhavã, irmãos bastardos de D.José, são desterrados para o Buçaco

Os meninos da Palhavã era a expressão porque era conhecidos alguns dos bastardos do rei D.João V, portanto irmãos de D.José I, para saber quem eram, clicar aqui.

Não ficaram instalados no Grande Hotel do Buçaco, que só viria a ser construído do sec. XIX, em parte utilizando alguma área territorial deste Convento fundado em 1628, que pertenciam aos religiosos Carmelitas Descalços.
  • Junho,25-Criação da Intendência Geral da Polícia da Corte e do Reino

Pela Lei de 25 e Junho de 1760, é criada a Intendência da Policía da Corte e do Reino. É criado o lugar de Intendente-Geral da Polícía da Corte e do Reino, com ilimitada jurisdição, em matéria de Polícia, sobre todos os ministros criminais e civis que a ele recorressem e que dele recebessem as ordens nos casos correntes. Com este Decreto ficava o Intendente, em matéria de segurança pública, com mais poderes que o próprio Governo. Foi primeiro Intendente-Geral o Desembargador Inácio Ferreira Souto

2 comentários:

Bartolomeu disse...

Caro Luis Maia, relativamente à Igreja da Memória, gostaria de chamar a sua atenção para a planta arquitectónica, para o facto de, vista de cima, apresentar algumas curiosidades, tais como a forma de cruz, assim como a sua cúpula central, apresentar a forma da rosa de 7 pétalas, símbulo dos Rosa-crucianos, a cuja sociedade secreta, consta que o Marquês pertencia. De resto, abundam pelo edifício outros símbulos maçónicos. Toda a relação de grandeza na construção do edifício assenta na relação aritmética da regra de phi, ou Lei Dourada, cuja relação será de 1,618 vezes maior que o seu antecessor e 1,618 menor que o seu sucessor.

Luís Maia disse...

Caro Bartolomeu

Agradeço o seu comentário, que tomei a liberdade de passar a post, porque esta é a ideia que desde sempre persigo nestes meus blogues sobre História

Com os meus agradecimento