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quinta-feira, 19 de abril de 2007

O nascimento e a educação

Filho de D.João V e de D.Maria Ana de Áustria.

D. José I nasceu em Lisboa, a 6 de Junho de 1714, recebendo o nome de José Francisco António Inácio Norberto Agostinho, nome sem tradições na onomástica real, atribuído provavelmente, em homenagem ao Imperador D.José da Áustria seu tio que havia falecido em 1711. Embora não tenha nascido sucessor da coroa portuguesa, por não ser primogénito, logo em Outubro do mesmo ano, devido ao falecimento do seu irmão Pedro, veio a adquirir esse estatuto.

Com habitualmente o seu nascimento foi festejado com repiques de sinos por toda a cidade de Lisboa, muito embora tenha nascido ás 10 horas da noite duma quinta-feira.

Foi baptizado a 27 de Agosto de 1714, sendo afilhado de Luís XIV e da Imperatriz Isabel Cristina mulher de Carlos VI, do Sacro Império.

Os seus primeiros tempos de infância passou-os junto de sua mãe, recebendo a sua influência altamente religiosa, bem como a do seu confessor o jesuíta António Stief que lhe ministrou as primeiras letras de Latim.

Recebeu a educação adequada a um Príncipe do seu tempo, no domínio das ciências e das línguas bem como da "nobre arte da Cavalaria". Muito embora se saiba pouco sobre a sua educação musical, ao contrário da sua irmã D.Maria Bárbara , que beneficiou dos ensinamento dum dos grande músicos do seu tempo Domenico Scarlatti, que com ela seguiu para Espanha quando do seu casamento, o certo é que ficou conhecida a grande paixão de D.José I pela ópera italiana, muito embora também se possa presumir que a mesma lhe tenha sido incutida pela sua futura mulher D.Mariana Vitória.

Não se pense contudo que houve unanimidade de opiniões entre os historiadores, acerca da educação de D.José , para alguns muito embora fosse inequívoca a educação recebida durante a primeira infância, parece que a mesmo não aconteceu ao logo da sua juventude, de tal forma que se afirmava quando sucedeu a seu pai que "se achava sem instrução alguma da arte de reinar".

Existem afirmações extraídas da correspondência da sua mulher para seus pais , onde diz que "ele (o rei) não conhece suficientemente bem o francês para entender tudo e vos responder", ou mesmo alguns elementos extraídos através de embaixadores franceses na corte portuguesa, que confirmam a fraca aptidão de D.José, para dialogar na língua que na época se usava na actividade diplomática.