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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Nascimento da primeira filha-D.Maria

Em 17 de Dezembro de 1734, nasce a primeira filha de D.José e de D.Mariana Vitória, assistida por um cirurgião espanhol enviado expressamente pelos Reis de Espanha.

Foi-lhe dado o nome de Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana, o título de Princesa da Beira e que viria a ser coroada Rainha de Portugal como D.Maria I.


Apadrinhada pelo avôs, D.João V e Filipe V, é certo que este nascimento, não foi o ideal, atendendo ao facto de sempre se esperar que o nascimento dum filho varão se ajustava melhor aos desígnios da sucessão.

Bem patente nessa intenção o facto da atribuição do título de princesa da Beira a D.Maria, reservando-se o título de príncipe do Brasil ao futuro varão.

Tal não viria a acontecer porque este jovem casal só teve filhas, só mais tarde quando as esperanças se desvaneceram, foi-lhe então atribuído o título de princesa do Brasil.

sábado, 25 de agosto de 2007

A real noite de nupcias

Foi o rei D.João V que anunciou à jovem princesa que nessa noite de 31 de Março de 1732, iria dormir pela primeira vez com o príncipe D.José seu marido, assim o relata D.Mariana Vitória em carta a seus pais, descrevendo a lágrimas de alegria que o Rei e a Raínha verteram nessa noite.

Continua descrevendo a sua noite nupcial,( segundo nos é relatado na biografia de D.José da autoria de Nuno Monteiro, aqui amplamente citado)na qual foi acompanhada pela Rainha que a penteou e meteu na cama. tendo chegado depois D.João V acompanhado pelo príncipe metendo-o na cama e retiraram-se cobrindo-os de bênçãos.

Depois o meu Príncipe começou a cumprir o seu dever muito bem-continua a princesa-No outro dia levantá-mo-nos às dez horas e quando eu estava na toilete ele deu-me uma peça de brilhantes para o pescoço.

Havia muitas dúvidas quanto á virilidade de D.José, atendendo á ua menor robustez e flacidez nos joelhos quando anda em contrate com o vigor demonstrado pela sua sereníssima esposa, apreensões imputáveis a observadores espanhóis, quando ao que parece tudo teria corrido muito bem, mau grado a apregoada debilidade real, por falta de exercício, não se confirmou.


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Bach estreia a Paixão segundo S.Mateus-1729

A Paixão Segundo S.Mateus foi apresentada ela primeira vez na Sexta-feira de paixão em 1729 na Igreja de São Tomás em Leipzig. Embora Bach tenha alterado a orquestração pois e 1736 já incluía dois orgãos na orquestração.

Esta oratória representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo aquele evangelho e tem uma duração de 2 horas e meia, sendo a sua obra mais extensa

Trata-se, sem dúvida alguma, de uma das obras mais importantes de Bach e uma das obras-primas da música ocidental.

São esta e a Paixão segundo São João as únicas Paixões autênticas do compositor conservadas em sua totalidade. A Paixão segundo São Mateus consta de duas grandes partes constituídas de 68 números, em que se alternam coros(5), corais, recitativos, ariosos e árias.

Para lá da mera apreciação estética, é uma música paradoxal: é inegável que se constrói em cima de um culto da dor e da culpa, verdadeiramente doentio, que o cristianismo histórico cultivou.

Por outro lado, atinge níveis de beleza que, dizem alguns, flutuam longe acima da divisão ordinária entre alegria e dor – um estado que somente os místicos parecem compreender.

Clicar aqui para ouvir uma passagem

texto compilado de Wilkipédia

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O casamento


(Palácio de Vendas Novas)

O primeiro facto importante da vida de D.José foi o seu casamento no dia 19 de Janeiro de 1729 ainda com 14 anos, com Mariana Vitória filha de Filipe V de Espanha, apenas com 11 anos, filha do segundo casamento do rei de Espanha com Isabel Farnésio.

Na realidade tratou-se dum duplo casamento, pois também se negociou o casamento de D.Maria Bárbara, filha de D.João V, com o infante Fernando, futuro Fernando VI, também filho de Filipe V do seu primeiro casamento com Maria Luisa de Saboia.

As negociações prévias, para a realização destes casamentos, foram por demais complicadas e a isso faço referência no blogue que dedico ao rei D.João V seu pai
.

Quanto aos casamentos propriamente dito, começaram nos dias 7 e 8 de Janeiro, com a partidas das respectivas famílias reais em direcção à fronteira de Badajoz.


A viagem da família real que começou por ser de bergantim até à Aldeia Galega, nome porque era conhecido nesse tempo a localidade, que hoje reconhecemos como Montijo, com foral atribuído desde 1514 por D.Manuel I.

Depois já uma comitiva mais alargada, seguiu viagem que durou 9 dias até à chegada a Elvas no dia 16, altura em que se juntaram as duas comitivas.

O dia 17 foi destinado à troca de cumprimentos e presentes e no dia 19 realizou-se então a cerimónia que decorreu num palácio de madeira especialmente construído para o efeito, sobe o rio Caia,metade sobre o lado espanhol e a outra metade sobre o lado português.

O duplo casamento motivou que a referida construção em madeira, fosse ricamente decorada por preciosas tapeçarias. Como a decoração foi repartida entre as duas coroas, pode antever-se a competição que daí terá ocorrido entre "os dois monarcas mais opulentos da Europa, aqueles que tinham por tributários dos seus tesouros, as minas de prata do Peru e as de oiro e diamantes do Brasil".


Deu-se então a 19 a respectiva "troca de princesas", retirando-se depois os respectivos monarcas, para Elvas e Badajoz, onde se teriam então realizado os festejos que se prolongaram até ao dia 27 de Janeiro.


D.José e a futura rainha só regressaram a Lisboa no dia 12 de Fevereiro , tendo o desembarque do bergantim real sido realizado em frente aos jardins do palácio de Belém, seguindo-se um Te Deum, beija-mão real na Patriarcal e fogo de artifício do Castelo de S.Jorge.


Naturalmente que atendendo à idade dos noivos a consumação do casamento foi adiada, só vindo a acontecer em 1732, quando D.Maria Vitória, completou 14.


Na realidade mesmo sendo tão jovem era a segunda vez porque passava por esta situação, pois já anteriormente havia "casado "com Luís XV de França quando tinha 3 anos de idade e o seu noivo apenas 11.

O Palácio de Vendas Novas na foto acima reproduzida, hoje edifício da Escola Prática de Artilharia, foi mandado construír por D.João V, para que a comítiva real ao duplo casamento, lá pudesse prenoitar duas noites, uma à ida para o Caia outra na vinda.