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sábado, 13 de março de 2010

Acontecimentos no ano de 1759

  • Março-Fundação da Real Fábrica de Chapéus em Pombal
Localizada a três quilómetros de Pombal, a Quinta da Gramela é hoje propriedade particular. Em 1759 era constituída por casas térreas e só posteriormente é construído o solar, com uma capela adjacente. Aqui funcionou a Fábrica de Chapéus de Pombal.
Abril,11-Elevação da vila de Aveiro à categoria de cidade
Em sessão da Câmara Municipal, e estando presentes a nobreza e muito povo, João de Sousa Ribeiro da Silveira fez entrega da carta que elevou Aveiro à categoria de cidade.

Feita a publicação, saíram todos para a vizinha igreja matriz, onde se celebrava neste mesmo dia a festa de S. Miguel, e, ainda de manhã, «se cantou com boa música uma Missa solene e orou com admirável estilo o M.R.P.M. Frei Bernardo de S. José Magalhães, da Sagrada Religião dos Pregadores»; de tarde, «cantou-se o te-deum e se fizeram várias preces pela duração da vida, saúde e felicidades do nosso ínclito Soberano, a que se seguiu uma pomposa procissão por várias ruas, que estavam vistosamente ornamentadas».

As demonstrações de alegria, com «luminárias, iluminações de diferentes artifícios e encamisadas de primorosa ideia», continuaram nos dias seguintes; além disso, «correram em algumas tardes touros e tudo se fez com galantaria e grandeza»

(Gazeta de Lisboa, n.º 44, 1-11-1759; Padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pgs. 171-172; Arquivo, I, pgs. 21-27)

  • Abril,19-Criação da Aula de Comércio
O ISCAL orgulha-se de ter uma história marcada pela tradição e pelo rigor académicos. Por isso relembra o seu passado para melhor projectar o seu futuro que quer construir.

Na segunda metade do século XVIII foi criada pelo Marquês de Pombal a "Aula do Comércio" (Alvará de 19 de Maio de 1759), há cerca de 240 anos.

Passaram então a ministrar-se "lições de aritmética, de pesos e medidas das diversas praças comerciais, de câmbios, de seguros e de escrituração comercial", com vista a dotar profissionais competentes para as organizações de negócios, cuja falta se fazia sentir.

Esta sua perspectiva faz com que seja o Marquês de Pombal justamente considerado um dos primeiros micro economistas do mundo.

O Curso, com duração de três anos, era ministrado por "lentes" (aquele que lê, professores …) cujo primeiro foi JOÃO HENRIQUE SOUSA e frequentado essencialmente por filhos de homens de negócios e também por escolares sem recursos.

O primeiro Curso iniciou-se em 1 de Setembro de 1759 e o interesse foi de tal ordem que o numero previsto de 50 alunos foi largamente ultrapassado, facto que já em 1765 obrigou a fixação do «numerus clausus» em 200 alunos ao candidatarem-se a primeira matricula.

Muitos nomes ilustres passaram pela Aula do Comércio sendo de salientar ALEXANDRE HERCULANO, e o diplomata CIPRIANO RIBEIRO FREIRE, o 1º BARÃO DE QUINTELA, autor do Dicionário Bibliográfico Português, e INOCÊNCIO FRANCISCO DA SILVA. Créditos : Iscal

sexta-feira, 12 de março de 2010

Acontecimentos no ano de 1758

  • Janeiro,11-Alvará que declara a liberdade de comércio com Angola
Este alvará determinou “a liberdade de comércio” em Congo, Angola, Loango e Benguela, proibindo a formação de monopólios.

O mesmo alvará aproveitava ainda para regular as partidas dos navios e a cobrança dos impostos.
  • Fevereiro, 1 - São mandados construir seis faróis.
O alvará da Junta Geral da Fazenda, de 1 de Fevereiro de 1758, incluía-o entre os seis faróis que mandava edificar: Berlengas, Nossa Senhora da Guia, Fortaleza de São Lourenço (Bugio), São Julião da Barra, Barra do Porto e costa de Viana.

A verdade, porém, é que, apesar de constarem deste alvará, nem a construção do farol de Montedor nem a de outros viria a concretizar-se, razão pela qual um decreto de 12 de Dezembro de 1826 determina, novamente, que se proceda à construção dos faróis de Montedor, das Berlengas, do Cabo de São Vicente, do Cabo de Santa Maria e do Cabo Mondego.
  • Março, 10 - Manuel Saldanha de Albuquerque, conde de Ega, é nomeado vice-rei da Índia.
Manuel Saldanha de Albuquerque, tinha sido nomeado em 1754 governador da ilha da Madeira para onde partiu com sua família e em 1758 recebeu ordem de vir a Lisboa para ser empregado numa comissão de serviço, e partiu para o Oriente com a nomeação de vice-rei da Índia, e agraciado com o título de conde da Ega, por decreto de 25 de Março do referido ano de 1758.

Chegando ao Oriente, continuou a guerra em que andávamos então empenhados, e concluiu vantajosamente a paz com o Marata; tomou e mandou demolir a fortaleza de Pondá, e conquistou os terrenos que formam a província do Canácona.

Na expulsão dos jesuítas em 1759 cumpriu fielmente as ordens do marquês de Pombal, prendendo e enviando para o reino 231 padres que então existiam na Índia. Nesse mesmo ano foi residir em Pangim.

A despesa causada por esta mudança, o fausto em que sempre vivia, alguns actos despóticos e pouco regulares, que praticou, tudo ocasionou graves acusações de ter delapidado a fazenda pública, por ocasião do sequestro dos bens dos jesuítas.

O facto de seu irmão, o cardeal Saldanha, ter votado no conselho de Estado contra a morte dos meninos de Palhavã, também concorreu muito para desmerecer do agrado do marquês de Pombal, e o conde de Ega foi exonerado do seu elevado cargo, sendo substituído pelo conde da Lousã.

Entregando então o governo, saiu de Goa em 25 de Dezembro de 1765 a bordo do navio Nossa Senhora de Brotas, que o trouxe para Lisboa, e apenas entrou o Tejo foi preso, juntamente com o seu secretário Belchior José Vaz de Carvalho, e encarcerado na Torre do Otão em Setúbal

(cf. O portal da História)

  • Agosto,27-Falecimento de D.Bárbara de Bragança rainha de Espanha, filha de D.João V
Maria Bárbara Xavier Leonor Teresa Antónia Josefa nasce em Lisboa, a 4 de Dezembro de 1711; faleceu em Madrid e está sepultada no Convento das Salesas Reales, da mesma cidade. Casou em 1729 com D. Fernando, príncipe das Astúrias, que subiu ao trono de Espanha como Fernando VI;