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sábado, 18 de dezembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1775(3ª Parte)



  • Execução de João Baptista Pele
Quando da inauguração da estátua de D.José no Terreiro do Paço em Lisboa em Junho de 1775, ocorreria um suposto atentado contra o Marquês de Pombal, um acto cuja eventual motivação nunca foi devidamente esclarecida, embora hipóteses não faltem, atendendo aos inimigos que Pombal, reunira ao longo de tantos anos da sua controversa governação.

O suposto conspirador era um pintor genovês João Baptista Pele que foi denunciado por um seu vizinho que esperava receber vantagens por essa denuncia.

O certo é que nada se passou. o réu sempre negou o seu envolvimento ou pretensão de actuação.

O certo é que o juízo, argumentando que o réu aparentava ser vagabundo e libertino, acabaram por condenar o réu por crime de Lesa-majestade e a pena de lhe serem retiradas as mãos, o corpo desmembrado por 4 cavalos até ser despedaçado e os pedaços depois consumidos pelo fogo, viria a ser concretizada a 11 de Outubro de 1775 na Junqueira , seguindo-se um Te Deum de acção de graças mandado celebrar pela Câmara de Lisboa.
  • A reconquista do Rio Grande do Sul
Em 1763, os espanhóis, achando que aquele território lhes pertencia, invadiram e dominaram o município.

A guarda portuguesa não suportou a carga desferida pelos soldados espanhóis e fugiu para o outro lado do canal, estabelecendo-se em São José do Norte.


A ocupação da cidade de Rio Grande pelas forças do exército espanhol durou 13 anos, tempo em que foi dominada pela Coroa da Espanha.

No livro de registos da Igreja de São Pedro, construída em 1756 pelos portugueses - hoje a Catedral de São Pedro (na foto) não consta sequer um baptizado ou casamento de espanhóis naquela época. Rio Grande era simplesmente um quartel militar.

Em São José do Norte, os portugueses arquitectavam uma forma de reconquistar a terra perdida. um plano ardiloso e meticulosamente arquitectado,foi colocado em prática na noite de 31 de Março de 1776.

Soldados portugueses vestidos com trajes de gala soltavam fogos, acendiam fogueiras, dançavam e cantavam. Era o aniversário da rainha de Portugal, Mariana Vitória.


Despreocupados, os espanhóis aliviaram a guarda, acreditando que os portugueses não atacariam no outro dia porque estariam cansados da festa. No entanto, tudo não passava de pura encenação. Um plano malicioso do comandante-geral Johann Heinrich Bohm, um alemão contratado pela Corte de Portugal para reconquistar Rio Grande, cidade revestida de importância estratégica para os militares por causa do porto marítimo.


Assim no dia 1 de Abril. Os soldados portugueses se apossaram dos fortes Santa Bárbara e Trindade, dominados pelos castelhanos.
Percebendo a desvantagem, os soldados espanhóis trataram de fugir para o Uruguai.

Estava mantida, para sempre, a soberania da cidade gaúcha.

Fonte : doma racional