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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1775(2ªParte)

  • Instalação em Azeitão duma fábrica de estampagem de tecidos
Como demonstrou Jorge Borges de Macedo, a última fase da política de Pombal é principalmente dirigida para o fomento das manufacturas sendo justamente neste surto manufactureiro que se integra a fundação da fábrica de tecidos e estamparia de algodão estabelecida em Azeitão por uma sociedade entre Estêvão Larcher, mestre tintureiro que trabalhara ao serviço da Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre e José Magalhães, negociante de vinhos em Londres, que obtiveram um auxílio pecuniário para a sua instalação e numerosos favores, idênticos aos das demais fábricas privilegiadas, tais como a isenção de direitos sobre os utensílios, drogas e matérias-primas que importassem para o funcionamento da sua fábrica e ainda dos direitos de saída em Portugal e de entrada nos domínios dos tecidos que exportassem.

Esta fábrica de estamparia e as primeiras que se seguiram deviam tecer pelo menos uma parte dos seus panos. As provisões concedidas pela Junta da Administração das Fábricas do Reino e pela Junta do Comércio pressupunham a instalação de um certo número de teares.

(Créditos : Indústria e negócio: a estamparia
da região de Lisboa, 1780-1880 de José Manuel Pedreira)

  • Inauguração do mercado da Praça da Figueira em Lisboa
Todo o conjunto urbano da Praça da Figueira data da segunda metade do séc. XVIII, estando o seu nome ligado a um dos mais populares mercados a céu aberto que existiu em Lisboa. Local do antigo Hospital de Todos os Santos, destruído pelo terramoto de 1755, a praça passou por diversas fases: em 1835 foi arborizada, em 1849 rodeada de grades de ferro e em 1883,foi demolida.
A nova praça inaugurada em 1885 apresentava quatro cúpulas, três naves e uma área de 8.000 metros quadrados permanecendo assim durante 64 anos após os quais se procedeu à sua demolição definitiva. Hoje é um espaço rodeado de edifícios simples e equilibrados, de onde se tem uma boa perspectiva do Castelo de S. Jorge.

Créditos: Cidadania Lisboa

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1775 (I Parte)


  • Junho-16-Inicio da reconstrução da Igreja da Candelária no Rio de Janeiro
Segundo conta a história - semi-lendária - sobre a origem da igreja, nos princípios do século XVII uma tempestade quase fez naufragar um navio chamado Candelária, no qual viajavam os espanhóis António Martins Palma e Leonor Gonçalves.
O casal fez a promessa de edificar uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Candelária se escapassem com vida. A nau finalmente aportou no Rio de Janeiro, e o casal fez construir uma pequena ermida no local da actual Igreja da Candelária em 1609.
Em 1755 essa igreja foi demolida, pois o Marquês do Lavradio apoiou a ideia do bispo D. José Joaquim Justiniano Castelo Branco de ali construir outra igreja, maior e mais imponente.
A igrejinha paroquial da Candelária foi reformada em 1710, mas na segunda metade do século XVIII necessitava uma ampliação.
O sargento-mor Francisco João Roscio, engenheiro militar português, desenhou os planos para uma nova igreja. As obras começaram em 1775 e a inauguração, com a igreja ainda inacabada, ocorreu em 1811 em presença do Príncipe-Regente, e futuro Rei de Portugal, D. João VI.
A igreja tinha nesse momento uma só nave, e os altares do interior da igreja haviam sido esculpidos por Mestre Valentim, o grande artista do estilo rococó do Rio, mas foram substituídos nas reformas posteriores.
A fachada e o projecto geral de planta em cruz latina com cúpula sobre o transepto lembram muito certas obras do barroco português, como por exemplo a igreja do Convento de Mafra (1717-1730), perto de Lisboa, e a Basílica da Estrela (1779-1790), na capital portuguesa.
A fachada é particularmente bela entre as igrejas coloniais brasileiras. Como ocorre também com a maioria das igrejas coloniais do Rio, a fachada da Igreja da Candelária está voltada para a Baía de Guanabara, uma vez que essa era a via principal de entrada na cidade.
  • Junho,6-Inauguração da estátua equestre de D.José no Terreiro do Paço
D.José foi imortalizado numa estátua equestre da autoria de Machado de Castro, inaugurada em Junho de 1775. no inacabado Terreiro do Paço,comemorando o seu 61º aniversário.
Este conjunto escultórico está localizado no centro da Praça do Comércio. Na parte superior está o rei D.José I a cavalo, a olhar para o Tejo, um elegante e harmonioso conjunto, pela elegância do cavalo e o porte do cavaleiro, que a classifica como uma das mais belas da Europa.
O pedestal, feito em pedra de lioz de Pêro Pinheiro, contém dois grupos alegóricos: o Triunfo e a Fama. Na face voltada para o arco da Rua Augusta, está uma alegoria em baixo relevo que representa a generosidade e o empenho do monarca na reconstrução da cidade destruída com o terramoto em 1755.
Na frente do monumento estão as armas reais e a efígie do marquês, retirada após a queda do Marquês em 1777, depois reposta em 1833.