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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1763

  • Desmoronamento da ponte de S. Gonçalo em Amarante
Em 10 de Fevereiro de 1763, uma ponte romana com um cruzeiro a meio, que havia sido construída em 1250,em Amarante, desmoronou-se devido a uma cheia do Rio Tâmega.

O cruzeiro, ou Senhor da Boa Passagem, foi retirado uma hora antes deste acontecimento histórico e mais tarde colocado na janela de um recanto da Igreja de São Gonçalo, ficando a Mãe de Deus a proteger o trânsito. É a imagem da Senhora da Ponte
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  • Nascimento de D.João do 3º filho de D.Maria
D. João, infante de Portugal. Nasceu e viria a faleceu em 1763, sendo sepultado no panteão de S.Vicente de Fora.

Também chamado João como seu irmão João de Bragança natimorto em Outubro do ano transacto. Só o seguinte filho a quem foi dado igualmente o nome de João escapará à morte prematura passando à História como rei D.João VI

sábado, 17 de dezembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1762

  • Fim da publicação da Gazeta de Lisboa

Foi no ano de 1715, que o primeiro jornal oficial português iniciou a sua publicação. Embora seja geralmente conhecido como "Gazeta de Lisboa", ao longo da sua publicação tem ostentado títulos muito diversos.

No dia 10 de Agosto, o jornal apresentava o seu primeiro número com a denominação de "Notícias do Estado do Mundo". O seu redactor era José Freire de Monterroio Mascarenhas, que dirigiu o jornal até à sua morte, em 1760.

Em 17 de Agosto de 1715, o número dois aparecia já com o título de "Gazeta de Lisboa", título que se manteve até 30 de Dezembro de 1717.

No ano de 1718, no dia 6 de Janeiro, o título passou para "Gazeta de Lisboa Ocidental" até 31 de Agosto de 1741.

Em 7 de Setembro de 1741, retomou o título de "Gazeta de Lisboa", que vai perdurar até 31 de Janeiro de 1760. Durante este período, das muitas notícias que foram sendo publicadas, destacou-se a descrição, curiosamente bastante sóbria, do terramoto de 1755 que devastou Lisboa, bem como uma grande parte do Algarve.

Em 22 de Julho de 1760, o título mudou para "Lisboa", sendo seu redactor o poeta Pedro António Correia Garção. Este título vai manter-se até 15 de Junho de 1762.

Por ordem do Marquês de Pombal, o jornal esteve suspenso de Junho de 1762 a Agosto de 1778. Não se sabendo a causa imediata e concreta desta suspensão, todos os estudiosos da matéria invocam o desagrado do ministro com alguns artigos menos favoráveis à sua governação. O facto é que o jornal não voltou a publicar-se durante o reinado de D. José.

  • A Colónia do Sacramento rende-se a forças espanholas.
Tropas espanholas comandadas por D. Pedro de Cevallos,primeiro vice-rei do rio da Prata e comandante das forças espanholas em Buenos Aires, invadem no dia 5 de Outubro a Colónia do Sacramento, povoação portuguesa na margem esquerda do estuário do rio da Prata, que viria a render-se as tropas espanholas do dia 27 do mesmo mês

A Colónia do Sacramento rende-se e é ocupada por forças espanholas.

  • Armistício ente Portugal e a Espanha
Em Fontainebleau reuniram-se os plenipotenciários discutindo o tratado de paz, e em vista disto o conde de Aranda e o conde de Lippe concordaram entre si um armistício que foi assinado no dia 1 de Dezembro de 1762, e que terminou no dia 11 com a chegada do próprio conde de Oeiras, que vinha trazer a notícia que no dia 3 de Outubro se assinara em Fontainebleau a paz entre a França, Inglaterra, Espanha e Portugal. A 7 de Março seguinte foi proclamada a paz definitiva.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1761

  • Nascimento de D.José príncipe da Beira
Príncipe da Beira é, desde 1734, o título conferido ao primogénito do herdeiro presuntivo da Coroa de Portugal, o qual, por sua vez tem actualmente o título de Príncipe Real. Hoje em dia é usado por D. Afonso de Santa Maria, filho mais velho do pretendente ao trono português, o Príncipe Real D. Duarte Pio.

O título Princesa da Beira foi criado em 1645, por D. João IV, como designação da filha mais velha do monarca, independentemente de ser ou não, herdeira presuntiva da coroa. O título Príncipe do Brasil estava reservado aos primogénitos varões do monarca, estes sim, quando existissem, sempre herdeiros presuntivos da coroa. Até então o herdeiro real tinha o simples título de Príncipe, sendo que a filha mais velha do monarca apenas o recebia se não tivesse irmãos varões.

Em 17 de Dezembro de 1734 o rei D. João V reorganiza o sistema de títulos da família real. A partir daí, tanto o título de Príncipe do Brasil como o de Príncipe da Beira poderiam ser atribuídos a pessoas dos dois sexos. Passavam a ser Príncipes do Brasil todos os herdeiros presuntivos do trono. Já o título de Príncipe da Beira passava a ser o do filho herdeiro do Príncipe do Brasil (portanto, o segundo na linha de sucessão). Pelo novo sistema, a primeira Princesa da Beira foi a neta recém-nascida de D. João V, D. Maria Francisca, futura rainha D. Maria I.

O Primeiro Príncipe da Beira do sexo masculino foi D. José, filho da Princesa D. Maria Francisca I e de seu consorte, D. Pedro III. nascido no Palácio da Ajuda, em Lisboa no dia 20 de Agosto de 1761,

  • A criação do Tesouro Real
O Tesouro Geral foi uma instituição portuguesa criada por Alvará de 22 de dezembro de 1761, da autoria do Marquês de Pombal, como instituição de topo da administração fiscal portuguesa destinada a centralizar a gestão corrente das contas públicas.

A sua concepção insere-se na e reorganização do sistema de cobrança de impostos e no combate ao fluxo contrabandista, que punha em causa os monopólios comerciais concedidos às companhias de comércio portuguesas. O Real Erário, ressalvadas as diferenças institucionais, foi o antepassado directo do actual Ministério das Finanças.

O extinguiu o emprego de Contador Mor.

O Tesouro Geral era dividido em quatro contadorias, cada uma das quais chefiada por um contador-geral, organizadas de acordo com a estrutura territorial do império português. Paralelamente à reorganização orgânica, foram introduzidos novos métodos contabilísticos, com a imposição do método das partidas dobradas para a escrituração da contabilidade pública.

Fonte:Wikipédia

sábado, 5 de novembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1761

  • Edificação do Teatro do Bairro Alto
Parece não haver dúvida que foi num Teatro do Bairro Alto, no Palácio do Condes de Soure à Rua da Rosa, que se representaram, entre 1733 e 1739, as "óperas" para "bonecos" de António José da Silva, o Judeu, possivelmente no mesmo que local em que viria a cantar, trinta anos depois, em 1768, Luisa Todi.

Destruído pelo Terramoto de 1755, foi reconstruído em 1761 e, depois de um segundo abalo de terra em 1762, esse “arremedo” de uma pequena Versalhes, teve enorme prestígio.

O Marquês de Pombal, em 17.7. 1771, decreto um alvará que justificava a necessidade deste teatro público, onde se poderia adquirir uma educação para equilibrar uma herança de centenas de anos de ignorância e obscurantismo. O documento reclamava a exclusividade de representação dos balli, serenatas, óperas, oratórias, dramas, comédias, fogos de artifício, etc..

  • Incorporação na coroa dos bens dos jesuítas

A 25 de Agosto de 1761, era assinada a lei que "mandava incorporar ao fisco e a câmara real todos os bens seculares que a Companhia de Jesus possuía e administrava neste reinos , e todo o seu domínio, com os padres".

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1760

  • Casamento da princesa da Beira
Quando se tratou do casamento da princesa da Beira D.Maria, houve na corte quem lembrasse as Actas das cortes de Lamego, que determinavam que as herdeiras do trono casassem com nobres portugueses.

No caso concreto de D.Maria, porém desde cedo soube que que o seu tio Pedro seria o seu futuro marido, ao mesmo tempo que se assumia a ideia que não eram muito os pretendentes estrangeiros à sua mão.

Em 1743 o avô D.João V solicitara ao Papa dispensas pela proximidade de laços parentais e pela idade da princesa que tinha 9 anos e D.Pedro 26, o que reforça a ideia da predestinação desse casamento.

O casamento aconteceu a 6 de Julho, contando a princesa da Beira já 25 anos e o seu tio e marido 43 e por todo o reino, com grandes festejos por todo o Império, nomeadamente no Brasil, onde os festejos se prolongaram por 3 dias, com espectáculos de ópera, procissões touradas e outras manifestações culturais e artísticas.

  • Incidente com o núncio papal
Ocorreu quando deste casamento um grave incidente com o núncio papal Filippo Acciajuoli, porque intencionalmente ninguém lhe enviou convite para a cerimónia do casamento nem para o jantar com o Corpo diplomático, nas vésperas do casamento, com o ministro D.Luís da Cunha.

Esta atitude ocorreu depois da expulsão dos jesuítas ocorrida no ano anterior, a partir da qual o o núncio papal passou a ser pessoa a abater, por naturalmente , não e colocar ao lado de Pombal, nessa matéria.

O núncio em resposta, não colocou luminárias no seu palacete na noite de festa e fechou os portões o que foi considerada uma ofensa a sua Majestade, sendo de imediato convidado a abandonar o País

quarta-feira, 23 de março de 2011

Acontecimentos no ano de 1758

  • Direitos a pagar por escravos
Pelo alvará de 11 de Janeiro de 1758, os navios que carregavam negros por sua conta e risco poderiam sair dos portos sem qualquer tipo de embargo. Com o objectivo de se pôr ordem na arrecadação dos direitos dos escravos, que trazia prejuízos à Fazenda e ao comércio de Angola, estabeleceu-se um novo contrato: para se receber cada «macho ou fêmea» com altura de quatro palmos craveiras da vara de medição, teriam que se pagar 8700 réis; se a altura fosse inferior pagar-se-iam 4350 réis.

  • A reforma da Companhia de Jesus
Na sequência dos acontecimentos que conduziram a uma grave crise entre a Companhia de Jesus, é importante salientar que a vulnerabilidade da Companhia de Jesus não decorria apenas das suas conflituosas relações com o governo temporal, porque simultâneamente tornara-se alvo das acções disciplinares da própria igreja católica, quando o papa Benedito XIV, pela breve de 1 de Abril instituiu a reforma da Companhia de Jesus, nomeando como reformador o patriarca de Lisboa o cardeal Saldanha, com a incumbência de a executar em todo o reino de Portugal

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Instituida no Porto a Ordem Terceira da Trindade

A Ordem dos Pregadores (dominicanos) foi fundada em 1206 por S. Domingos de Gusmão e teve a sua Regra (masculina) aprovada em 1216 e a sua Ordem Terceira reconhecida e organizada em 1285.

Presentes os dominicanos em Portugal desde 1217, e no Porto desde 1238, desde essa altura vários leigos se organizaram em volta dos conventos e comunidades de dominicanos, partilhando e vivendo da mesma espiritualidade e contribuindo para sua missão e/ou sustento. De várias localidades no país há relatos disso mesmo (ver História de São Domingos em 2 volumes, por Fr. Luís de Sousa, Editora Lello, 1977).

Pelo século XVII os movimentos laicais na Igreja tem um novo ressurgimento, fruto da maior autonomia, desenvolvimento, poderio económico e cultural das classes mais burguesas e mercantis um pouco por toda a Europa.

No Porto é organizada e instituída oficialmente em 1633 a Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, ainda existente nos dias de hoje. «Vendo crescer os seus sucessos», os vizinhos leigos ligados aos dominicanos não se quiseram ficar atrás e em 1671 deram início à Ordem Terceira de São Domingos no Porto, oficializada e reconhecida em 1676 no Convento dos frades dominicanos do Porto.

E tal foi o sucesso e o número de irmãos e irmãs aderentes, que passados alguns anos «consideraram alguns zelosos que a ordem terceira de Nossa Padre São Francisco tinha uma capela muito formosa unida ao convento, na qual se juntavam os Irmãos a ouvir as suas práticas, a frequentar os sacramentos, a fazer suas orações e tomar suas disciplinas; entraram em desejos e fazer uma semelhante capela porque até então tinham à sua conta a capela do Espírito Santo da nossa Igreja e nela exercitavam os seus espirituais exercícios com algum detrimento dos religiosos, e para aliviá-los, aprecia conveniente fazerem nova Capela não só para os seus espirituais exercícios mas para jazigo dos Irmãos que naquela quisessem sepultar-se»..

Resolvida a questão da localização (no adro em frente à Igreja do Convento de S. Domingos por cedência dos frades, a primeira pedra foi lançada em 18 de Dezembro de 1683 e inaugurada a 7 de Janeiro de 1685 e dedicada a Santa Catarina de Sena, também ela terceira dominicana.

Mas foi solução por pouco tempo, pois logo em 1712 e atendendo ao número crescente de membros, decidiram erigir nova e mais larga capela, ocupando parte mais alargada do adro e da rua defronte do convento sendo a primeira pedra lançada a 20 de Fevereiro de 1713 e inaugurada 10 anos depois, aos «onze dias do mês de Abril de 1723» Para fazer face às despesas de construção e porque o altar-mor da capela primitiva não se adequava ao novo templo, foi o mesmo vendido ao «abade de Lamas na comarca da Feira», retábulo que é hoje o único vestígio conhecido da capela dos terceiros dominicanos.

Fosse pelo poderio económico dos leigos, fosse pela necessidade de os frades usarem a capela dos terceiros devido ao estado de ruína da Igreja conventual e falta de «cabedal» para a reerguer, fosse por quezílias muito humanas relativas ao poder, o certo é que desde o final dos anos 30 do século XVIII se instalou uma permanente disputa entre a Ordem Terceira e os seus vizinhos frades.

A origem do conflito deve-se ao facto de os frades terem decidido em 1739 erguer uns arcos sobre o seu adro virado para o actual largo de S. Domingos fazendo ligação directa entre o seu convento e dita igreja dos terceiros, o que este levaram a mal. Todos os meios foram usados de parte a parte: tribunais civis, pedidos ao patriarca de Lisboa, ao Geral da Ordem, embaixadas em Lisboa e Roma, e múltiplas intervenções do bispo, do rei do papa.

Em 14 de Maio de 1755 o Papa Bento XIV finalmente decreta por bula papal a extinção da Ordem Terceira de S. Domingos no Porto e a imediata criação da Arquiconfraria da Ordem da Santíssima Trindade e da Redenção dos Cativos (ainda hoje existente), para onde passariam automaticamente todos os ex-terceiros e respectivos legados e património.

Fonte :PORTO ANTIGO

sábado, 1 de janeiro de 2011

A doença do rei e o afastamento de Pombal

D.José teve a primeira apoplexia a 12 de Novembro de 1776 e imediatamente pediu que lhe ministrassem os sacramentos, mas Pombal mão acreditou na gravidade da doença do soberano e tentou afastar médicos e padres. Porém as suas previsões não se confirmaram e a 27 de Novembro a rainha assumiu a regência visto que D.José já só comunicava escrevendo, pois não falava.

Não se sabe se por sua iniciativa mas o facto é que foi vedado a Pombal o acesso à sua câmara.

Durante a regência de D.Mariana Vitória aconteceram as libertações de inimigos de Pombal, como D.Miguel da Anunciação bispo de Coimbra, encarcerado há oito anos em Pedrouços e Seabra da Silva mandado regressar do exílio em Angola.

Como se verá contudo, nem de todas as suas funções foi Pombal afastado.

Acontecimentos no ano de 1777

  • O incêndio da Trafaria
O marquês de Pombal, entendendo que estava empenhada a dignidade da coroa portuguesa, não hesitou em se preparar para a guerra, pois a Espanha rompera as hostilidades contra Portugal por causa dos limites da América e a França preparava-se para a auxiliar, por força do pacto de família Bourbon Não cuidava decerto que poderia afrontar essa aliança com os nossos limitados recursos, mas entendia também que, logo que o dever falava

Seria esmagado, mas a sua defesa contra agressões injustas era já um protesto contra a violência. Quando se preparava para esta luta, cometeu o marquês de Pombal um acto de atrocidade, que não é dos que menos mancham a sua memória. Tinham-se refugiado na Trafaria alguns refractários, como se diria hoje. Sendo difícil apanhá-los naquela aldeia pobríssima, o marquês de Pombal ordenou que se lançasse fogo a essa povoação de pescadores. Essa ordem foi executada barbaramente em seu nome no dia 23 de Janeiro de 1777
  • A morte do Rei
As primeiras horas da madrugada do dia 24 de Fevereiro morria D.José I e a memória da sua impiedade perante o povo estava bem viva pois ainda não tinham secado as lágrimas, do que viram morrer pessoas na Trafaria.

Pelo menos o crime foi cometido em seu nome, mesmo que não tivesse sido sua a ordem. Naquele dia provavelmente caso único em Portugal, o povo saiu à rua para festejar a sua morte o fim dum ciclo doloroso e cruel.

Do Palácio da Ajuda veio a notícia assinada pelo ministro Aires de Sá e Melo, em nome da rainha regente. Luto decretado de oito dias sem sair dos aposentos para a viúva, mais 1 ano, seis meses rigoroso e 6 aliviado. As cerimónias fúnebres realizaram-se a 27 de Fevereiro, durante a noite, levando o corte fúnebre horas a percorrer a distância entre o Palácio da Ajuda e a Igreja de São Vicente de Fora