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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1757



  • Reestruturação da real Fabrica das Sedas em Lisboa
A Real Fábrica das Sedas, que foi, no seu início, resultado de uma iniciativa de Robert Godin, que em 1731, requereu autorização para estabelecer uma fábrica de tecidos de seda, que só em 1734 viria a concretizar esse projecto, depois de reunir os fundos necessários para a edificação dessa fábrica

Após um período de decadência, este empreendimento acabou por se tornar propriedade da Fazenda Real. Por Decreto de 14 de Maio de 1750, expedido pelo Conselho da Fazenda, Vasco Lourenço Veloso foi incumbido da administração da fábrica, entrando em exercício efectivo a 15 de Junho de 1750.


Apesar dos esforços desenvolvidos por Vasco Lourenço Veloso para reestabelecer a fábrica das sedas, e inexistência de subsídios, que cobrissem as necessidade da sua laboração, fez subsistir o problema da falta de fundos.


Tendo sido criada por Decreto de 30 de Setembro de 1755, a Junta do Comércio destes Reinos e seus Domínios teve também a incumbência da administração da Real Fábrica das Sedas.


Tornando-se impraticável a sua administração directa, foi criada uma direcção subordinada à mesma Junta, para que a regesse conforme os Estatutos, confirmados pelo Alvará de 6 de Agosto de 1757, sendo da mesma data o Regimento Secretíssimo.
Pelos Estatutos foi criada uma Direcção, subordinada à Junta do Comércio destes Reinos e seus Domínios, e composta por 4 directores. à Real Fábrica das Sedas, neste ano em 1757 foi atribuído pelo Marquês de Pombal, outro amplo edifício no Bairro dos Fabricantes, situado na zona onde hoje se encontra localizada a freguesia de Sõa Mamede em Lisboa.
  • Concessão de instalação dum Fábrica de cal em Alcântara
EU EIRey faço faber aos que eíle Alvará deconfirmação virem, que fendo-me preferite afupplica de Guilherme Stephens, homem de Nego-cio da naçaõ Británica, e rendente nefta Corte, pa-ra nella eftabelecer huma Fabrica de cal

Foi com esta palavras que o Marquês de Pombal (pelo punho de D.José I) concedeu a Guilherme Stephens um inglês que tinha vinda para Portugal recentemente autorização para explorar, nas proximidades de Alcântara, alguns fornos de cal, utilizando carvão de pedra que mandava vir de Inglaterra, livre de direitos.

Comprometia-se Stephens a fabricar a cal "cozida a carvão e sem gastos de lenhas do Reino e vendendo esta a preço moderado".

Para o efeito passou a importar carvão de Inglaterra tendo lhe sido as "vargens e terras do Prazo da horta Navia de Alcantara" que se comprometeu a produzir quantidades suficientes de acordo com as necessidades da reconstrução de Lisboa.

Acrescente-se que ao mesmo tempo a Fazenda Real se comprometia por edital de 29 de Julho de adquirir toda a cal, telha ou tijolo que não se achasse comprador. Era um evidente apoio ao incremento de produção das indústrias associadas à construção civil.
  • Setembro,19-Expulsão do paço dos confessores jesuítas da família real
As primeiras providências de Pombal contra os jesuítas remontem ao dia 19 de Setembro de 1757, em que,pelas 11 horas da noite,foram expulsos do Paço os padres jesuítas que eram confessores da família real ,sendo igualmente proibido aos padres da Companhia de Jesus, aparecerem ali sem autorização do Rei. (leia-se Marquês de Pombal)

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